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Biografia dos Escritores

Biografia dos Escritores

Artiletrando

Meu nome é Timóteo Francisco Ribeiro, nasci no distrito de Inhassunge, no povoado de Mussama, localidade de Mucupia província da Zambézia no território moçambicano. Vim ao mundo no dia 05 de Dezembro de 1987 por sinal numa sexta-feira. Antecedeu ao ano de 1986 em que ocorreu o bárbaro assassinato dos freis Bortoloti, Camilo e Oreste no povoado de Malifati ainda na mesma localidade no decorrer da guerra civil.

Filho de pais naturais de Inhassunge, a minha mãe Francisca Luís Mundefa nasceu numa ilhota de nome Itave que dista 1.5 km do povoado do meu pai de nome Mussama. Entretanto, pelo casamento a minha mãe passou a viver em Mussama, território do seu marido. A minha mãe recorda-se de apenas ter frequentado até a 2ª classe escrevendo em ardósia. Mulher domestica e camponesa.O meu pai também não deve ter estudado muito. Segundo ele, o regime era bem duro.

Estudava quem pudesse. Havia muitas limitações, mas nas cercanias dessa limitação ele fez a sua 4ª classe numa escola em que actualmente passou a Primária e Completa de Mussama, escola que estudei e o primeiro professor de nome Domingos Issá ensinou-me. “É A TUA CASA AIDA’’.

O meu pai começou a trabalhar na companhia de Costa, uma célula que produzia sal em quantidade que era usado para vários fins sendo domésticos a industriais na década de 60 a 70. Dali por via do seu tio materno Carlos Preciso conseguiu o seu segundo emprego na cidade de Quelimane para onde foi para trabalhar precisamente no ano de 1977, no Armazém Provincial de Educação até estes dias.A minha família nuclear é constituída por 9 membros. Para além dos meus pais nós somos 7 sendo: Maria, de 1977, Berta de 1980, Tomé, de 1984, Timóteo 1987, Fausia e Esperança (gémeas) de 16 de Junho de 1990 e finalmente Adriana de 1995 e eu segundo a sequência estou na quarta posição.

Careira estudantil


Comecei a estudar na década 90 exactamente no ano 1993. Frequentei a 1ª classe a 5ª na Escola Primária de Mussama, outrora régulo Muinje. Terminei a 5ª classe no ano 1998 e para o prosseguimento dos estudos era necessário percorrer aproximadamente 10 km para encontrar a Escola Primária Completa de Mucupia na sede do distrito. Era lá onde se buscava

a sexta e sétima classes respectivamente. 1999 frequentei a sexta classe e o ano seguinte 2000 no mês de Junho envolvi-me num acidente que condicionou em ano 0 na careira estudantil. No ano seguinte estava a ser fundada uma EPC num povoado denominado Cuvunga a 3 km de casa. Matriculei 6ª classe 2001 passei para 7ª no ano 2002. Por motivos de várias ordens eu reprovei com média 12. Inconformado dialoguei com o meu pai para a necessidade de continuar com os estudos em Quelimane e o diálogo teve suas repercussões negativas, mas com a intervenção da minha mãe vi o consenso alcançado com sucesso. 2003 na cidade de Quelimane para mais uma vez a 7ª classe. Não tive nenhuns problemas de me integrar socialmente com os meninos da cidade. Passado pouco tempo eu era confundido de natural de Quelimane, mas eu sempre demonstrei aos perplexos as directrizes e a geografia do meu belo Inhassunge.

Foi Quelimane que eu demonstrei a energia necessária batendo recordes. Não conheci sequer um ano de reprovação. No bairro Chirangano em que eu vivia os meus colegas aventavam a possibilidade de eu ser drogado, anormal ou mesmo de usar amuletos na turma. Depois de fazer a 7ª classe na Escola Primária completa dos Continuadores fui afecto na Escola Secundária Patrice Lumumba de lá fui enviado para Samugue bairro 25 de Junho, onde funcionavam salas anexas da Patrice Lumumba.Feita a 8ª e 9ª classes em dois anos consecutivos 2004 e 2005 fui destacado num grupo que perfazia 100 estudantes pelo meu ver DEDICADOS para prosseguirem com a 10ª classe na então Escola Secundária 25 de Setembro em 2006. Comecei o ano com muita energia ciente que a 10ª classe costuma a ser um calcanhar de Aquiles no 1º ciclo. Com a ajuda que pude ter dos professores, colegas através dos estudos em grupo contribuiu para que eu fizesse aquela classe em apenas um ano.

Experiência profissional

Entrei para Censo de População e Habitação em 2007 quando estava a frequentar a 11ª classe, ainda no mesmo ano em Setembro entrei para Aquapesca onde trabalhei como Operador de Máquinas e Decorador de Letras. Foi um período que a área estudantil foi pouco afectada, isto porque tive que estudar no período nocturno. Conciliar aqueles trabalhos itinerários com o estudo não foi fácil, porém fui ultrapassando com vagar as dificuldades. Importante vincar que fui chefe de turma em todos esses momentos que estudei em Quelimane 7ª a 12 classe. Finalizei os estudos médios e gerais na Escola Pré-Universitária 25 de Setembro no ano 2008.

Ainda em Quelimane fui colaborador duma rádio comunitária denominada Quelimane F.M, cito no bairro Sinacura. Fui apresentador dum programa como o nome de Horizontes Literários com o propósito de despertar nos ouvintes o gosto de ler e escrever.Quando cheguei em Milange fui junto do coordenador da rádio comunitária tumbine 103.6MHZ. FM apresentar-me como um que foi colaborador duma rádio comunitária e que desejava continuar com os trabalhos.

Foi com vivacidade que me recebeu e de seguida apresentou-me a área de mobilização a qual explicou-me algumas normas vigentes. A partir dali comecei a trabalhar. Desde que
entrei recuperamos um programa chamado Gira Mundo, introduzi o programa Assim se diz o Português, revitalizamos o programa Horizontes Literários já em Juventude, a Seiva da Nação e em todas sextas-feiras apresento pessoalmente uma crónica da minha autoria, até aos dias em escrevo isso.


Nível superior

Entrei pela Universidade Pedagógica delegação de Quelimane no ano 2009 para fazer o curso de Bacharelato e Licenciatura em Ensino do Português. Fazer o curso de Português foi para mim um curso de sonho. Encarei certas dificuldades nos primeiros meses não de ordem de compreensão dos conteúdos mas sim financeiras. Sorte grande, no mesmo ano ganhei bolsa parcial de estudo. Ainda no 1º Ano apercebi-me que o curso de 12ª classe +1 ia ingressar os últimos formandos no ano seguinte e dali terminaria. Eu achei não perder aquela oportunidade e de seguida comecei a preparar-me para fazer 12ª classe +1, curso de Inglês no ano seguinte.Concorri e admiti. No ano 2010 ingressei-me no curso de Inglês que era administrado ainda na mesma instituição no período de manhã ao passo que as aulas do 2º Ano decorriam a tarde. Vou admitir que enfrentei sérios problemas de enquadramento. Pelo facto de eu estar a fazer 2º Ano de curso de Português. Tentaram várias vezes impedirem-me o ingresso no curso de Inglês. Portanto, para eles um estudante não devia fazer dois cursos na mesma universidade. Eles defenderam isso arduamente embora não tendo sustento material. Não desisti porque tive adeptos, docentes que leccionavam lá e que tinham vivido experiências de estudantes que fizeram o número de cursos que quiseram ainda na mesma universidade.

Para agravar a situação, os homens queriam que eu anulasse um curso e ficasse com o outro a minha escolha, ou uma das soluções seria apagarem-me no sistema dos dois cursos. Fiquei dois meses em lengalengas, dois meses a participar apenas as aulas de curso do Português.

Portanto, implicitamente eu já havia decidido em abandonar o curso intensivo de 12+1. Desesperadamente, estava sendo solicitado no terceiro mês para continuar com os estudos no curso de Inglês. Não hesitei, lá fui familiarizar-me com os meus segundos colegas do curso. Integrei-me sem problemas, recuperei as avaliações ora perdidas e tudo ficou conforme.

Dediquei-me fortemente nesse ano. Fazer dois cursos não foi nenhuma brincadeira. Eu ia à faculdade de manhã a tarde. Eu morava no bairro Chirangano que dista praticamente 2.5 km a faculdade. Eu percorria a pé essa distância, era só de imaginar. Graças a Deus, consegui fazer o curso 12ª classe +1 e consequentemente passei para o 3º Ano.

 Por exiguidade de fundos segundo a época tive que parar no tempo esperando oportunidades de trabalho. Só no mês de Junho de 2011 é que tive a informação segundo a qual a Direcção Provincial da Zambézia havia recebido um fundo proveniente do Reino Unido com finalidade de contratar docentes com o nível de 12+1 Ano. Remeti toda a documentação e de seguida fui apurado. A sorte calhou para o distrito de Milange. Quando fui verificar os apuramentos assustei-me quando subi que era para ir à Milange para trabalhar, primeiro porque estava ainda na carteira a fazer o 3º Ano e segundo porque até 2011, não conhecia outros distritos senão os de Inhassunge, Quelimane e Nicoadala, aliás, os distritos circunvizinhos da cidade de Quelimane.

Bem, confiando no meu potencial enfrentei o mercado de emprego conciliando também o curso. Saí de Quelimane exactamente no dia 12 de Junho de 2011 rumo a Milange era domingo. Fui recebido afavelmente e comecei a trabalhar exactamente no dia 14 na Escola Secundária Geral de Milange. Por via de vai vens, fiz o curso tendo recebido o certificado no ano de 2012 em Agosto. Até ao momento em que redijo este documento encontro-me como professor na Escola Secundária Geral de Milange, leccionando as disciplinas de Português, Inglês e Francês da 8ª a 12ª classes respectivamente.

 Aventuras amorosas

Fui um menino dedicado e inteligente. Recordo-me que foi apenas isso que permitiu que uma vaga de raparigas se arrasta-se diante de mim para provar o lado inteligente, humilde, dedicado e por fim atencioso que eu detinha.

Vagueei em vários braços. Até diria eu : “já beijei mulheres de vários tamanhos desde o regular ao anormal.” Quanto a este assunto não tive problemas nenhuns. A minha primeira namorada conheci ainda em Inhassunge para o ano de 2002. A segunda já no ano seguinte e daí veio uma série de relações.

No ano 2006 acidentalmente tive uma filha de nome Francisca mais conhecida pelo nome de: Chica que a amo tanto, mas não consegui viver com a mãe porque eu estava atendendo estudos em Quelimane. Ela saiu da sua casa para morar com os meus pais enquanto eu ficava a estudar, porém isso incomodou profundamente a ela ao ponto de pensar em desistir. Com sucesso desistiu. Recebi o recado do seu desapontamento e para tal nada fiz.

Consegui uma namorada em Quelimane com a qual fiquei um ano e alguns meses tendo a relação terminado motivado por desentendimento entre as partes. Parti para uma outra relação, isso foi quando estava a frequentar a Universidade Pedagógica - delegação de Quelimane. A relação também terminou sem tic nem tac. Chegado em Milange desenvolvi uma relação firme que até agora em que escrevo tenho o segundo filho fruto dessa relação que dia após dia regulo o meu jardim e limpo o pátio da minha relação.A minha actual companheira chama-se Angelina José Bizueque natural de Milange e de pais autóctones 100% milangeanos, com a qual obtive a nossa primeira e a minha segunda filha que se chama Tigélia Timóteo F. Ribeiro, nascida as 7:00h do dia 5 de Abril de 2013, por sinal sexta-feira.

Literatura (veia de escritor)

Desde criança sempre gostei de ler e escrever, pois isso era o meu dia-a-dia. Com essas habilidades e quiçá por inspiração de certos livros que conciliava conjugavam-me uma outra ideia um outro texto que ainda não tinha sido escrito. E foi exactamente aí que acreditei que o que eu escrevia ninguém no mundo já havia escrito, isto é, são textos que mantêm a forma mas com um fundo inovado.

O quotidiano vivido conjugado com a imaginação serviu de fonte de inspiração que arquitectou e vai arquitectando o meu sonho de um dia publicar nesta República ao menos um livro. Vim escrevendo desde os doze anos embora muitos dos textos ora escritos não existam até hoje, entretanto houve rompimento por alguns anos. No entanto, voltei a abraçar seriamente a caneta e o papel quando tive 18 anos. De lá até esta parte desenvolvi muitos textos com tipologias e correntes diferentes. Tenho textos que retratam do pessimismo, o barroco, o modernismo, a contemporaneidade, o classicismo entre outros movimentos e correntes. Das tipologias, tenho a dizer que produzi textos dramáticos, textos expositivos explicativos, contos, textos expositivos argumentativos, crónicas, poemas e textos poéticos em prosa entre outros tipos.


 

Helolim Branq (ou Hélio Olímpio Branquinho, nome do registo), nasci aos 15 de Janeiro de 1994, na localidade de Mexixine, Posto Administrativo de Macuse, Distrito de Namacurra (Zambézia, Moçambique). Filho de camponeses Olímpio Branquinho Alcântara e de Rosa Alfredo Secretario. Ingressei na escola no ano 2000, na Escola Primária do Primeiro grau de Namatida-Rio, em Mexixine onde fiz de 1ª à 5ª classe, depois passei para Escola primária Complete de Vila Cândida para fazer a 6ª e 7ª classe, logo que conclui o ensino primário, passei a viver em Quelimane, a capital provincial, onde fiz o meu ensino Secundário, de 8 ª à 10 ª classe na Escola Comunitária Mártires de Inhassunge e 11 ª à 12 ª na Escola Secundária Geral e pré-Universitária 25 de Setembro.

Sou membro da Sojovem e fui eleito como Vice-Coordenador do movimento literário de Arte, Ritmo e Poesia ‘‘UNIVERSOS’’. Gosto muito de escrever Poesias e Contos, assim como também gosto de cantar.